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Incorporação sem ‘Piripaque’:

Saravá, irmão e irmã de fé! Se a simples menção da palavra “incorporação” já te causa um friozinho na barriga, um aperto no peito ou aquele famoso “piripaque” mental, saiba que você não está só. A jornada mediúnica é um mergulho profundo em águas por vezes desconhecidas, e é natural que a ansiedade tente se fazer presente, especialmente quando falamos sobre a incorporação na umbanda, esse fenômeno sagrado e transformador. Mas, e se eu te disser que é possível navegar por essas águas com mais serenidade, firmeza e até mesmo com um toque aromático de lavanda e a luz tranquilizadora de uma vela azul? Este artigo é o seu porto seguro. Aqui, vamos desvendar como a ansiedade impacta seu transe, explorar técnicas mentais poderosas para retomar o leme da sua mente e descobrir como elementos simples podem se tornar grandes aliados na busca por uma incorporação plena e potente. Prepare seu coração, pois estamos prestes a transformar o receio em confiança e o “piripaque” em pura firmeza espiritual.

O Que Realmente Significa "A Incorporação na Umbanda"? Desvendando o Mistério

Antes de enfrentarmos a ansiedade de frente, é fundamental compreendermos a essência da incorporação na umbanda. Longe de ser um simples “hospedar” de um espírito, como um inquilino em um corpo vago, o processo é muito mais sutil, profundo e interativo. Inspirados por estudos como os de Brumana e Martínez (1991), que veem o corpo como o núcleo da Umbanda, o canal pelo qual as influências energéticas são recebidas, entendemos a incorporação como um “acoplamento áurico”. É um encontro de energias, uma sintonia fina entre o campo vibracional do médium e o da entidade comunicante.

Não se trata de possessão no sentido de perda total de controle, mas de uma permissão consciente, um “abrir as portas” para que a sabedoria e o axé dos Guias Espirituais possam se manifestar através de nós. O médium é um instrumento, sim, mas um instrumento ativo, que se educa, se prepara e se harmoniza para que essa sinfonia espiritual aconteça da forma mais clara e benéfica possível.

  • Como funciona o processo de incorporação na Umbanda? É um desenvolvimento gradual. Inicia-se com a percepção sutil das energias, arrepios, mudanças de temperatura, até a manifestação mais clara da entidade. O terreiro e o desenvolvimento mediúnico orientado são cruciais para que esse processo seja seguro e compreendido.

  • O que acontece no momento da incorporação? Há uma alteração no estado de consciência do médium. Alguns relatam uma semi-consciência, outros uma consciência mais “distante”, como se observassem de fora. É uma experiência individual, que se molda com o tempo e o desenvolvimento. Relatos apontam para uma tendência de “raridade” de um médium ter uma incorporação 100% inconsciente. Eu (particularmente) estou à mais de 28 anos na Umbanda e NUNCA conheci essa qualidade de mediunidade (mas talvez, eu seja apenas um azarado). O fato é que hoje eu teria algumas provocações claras para a “entidade” que “pega” 100% a cabeça do médium. Pra que eu possa acreditar nessa propriedade mediúnica, a entidade teria que passar pelo “padrão Pai Ney de qualidade”.

  • É normal ficar consciente na incorporação? Sim, eu diria que em 100% dos casos (claro que jamais vou negar o ditado que diz: Toda regra tem sua exceção). A consciência plena não invalida a incorporação na umbanda; muitas vezes, é um sinal de um mental  ativo e preparado. O importante (no meu entendimento) é a autenticidade da manifestação e o trabalho realizado pela entidade, sem os sinais claros de animismo.

A Ansiedade no Palco da Incorporação: Quando o Mental Atrapalha o Espiritual

A ansiedade, essa velha conhecida de tantos, pode ser particularmente traiçoeira para o médium em desenvolvimento. Ela é como um ruído mental que dificulta a sintonia fina necessária para a incorporação na umbanda. Mas como ela se manifesta e por que surge com tanta frequência?

Sintomas da Ansiedade Pré-Incorporação:

  • Pensamentos acelerados e catastróficos: “E se eu não incorporar?”, “E se eu fizer algo errado?”, “E se rirem de mim?”.

  • Sintomas físicos: Taquicardia, sudorese, tremores, tensão muscular (especialmente no pescoço e ombros), respiração curta, sensação de “nó” na garganta ou no estômago.

  • Dificuldade de concentração: A mente vagueia, incapaz de se aquietar para a prece ou para sentir as energias do ambiente.

  • Medo intenso: Medo do desconhecido, de perder o controle, de não ser “bom o suficiente”.

Essa ansiedade não é frescura. Ela surge de um lugar de vulnerabilidade, da pressão (muitas vezes autoimposta) por corresponder a expectativas, do receio do julgamento e da própria intensidade da experiência mediúnica. O problema é que, quando a ansiedade toma conta, ela pode:

  • Bloquear o fluxo energético: A tensão física e mental cria barreiras que dificultam o acoplamento da entidade.

  • Levar a uma incorporação superficial ou “mentalizada”: O médium, na ânsia de “fazer acontecer”, pode acabar mimetizando trejeitos sem a real conexão espiritual.

  • Gerar o temido “piripaque”: Uma crise de ansiedade em pleno terreiro, que pode ser confundida com outros fenômenos, gerando ainda mais insegurança.

  • Minar a confiança: Experiências negativas alimentadas pela ansiedade podem criar um ciclo vicioso, onde o medo da próxima gira já começa na segunda-feira.

Entender que a ansiedade é uma reação humana, e não um sinal de “falta de fé” ou “incapacidade mediúnica”, é o primeiro passo para dominá-la. O desenvolvimento da incorporação na umbanda é também uma jornada de autoconhecimento e gestão emocional.

Domando o "Leão" Interior: Técnicas Mentais para um Transe Sereno e Firme

Felizmente, existem ferramentas poderosas para acalmar a mente e abrir espaço para que a espiritualidade flua sem os entraves da ansiedade. São técnicas que, com prática e disciplina, fortalecem seu centro e sua confiança.

  1. A Respiração como Âncora (Passo a Passo):

    • Antes da gira: Reserve alguns minutos. Sente-se confortavelmente, feche os olhos.

    • Inspire profundamente pelo nariz: Conte mentalmente até 4, sentindo o abdômen se expandir.

    • Segure o ar por um instante: Conte até 2.

    • Expire lentamente pela boca: Conte até 6 ou 8, esvaziando completamente os pulmões, liberando a tensão.

    • Repita: Faça este ciclo por 5-10 minutos. A respiração consciente acalma o sistema nervoso e traz a mente para o presente.

  2. Meditação e Visualização Criativa:

    • Foco no Ponto de Luz: Durante a meditação, visualize um ponto de luz brilhante no centro da sua testa (chakra frontal) ou no seu coração (chakra cardíaco). Mantenha sua atenção ali, afastando pensamentos intrusos com gentileza.

    • Escudo de Proteção: Antes de entrar no terreiro, visualize-se envolto em uma bolha de luz dourada ou violeta, um escudo protetor que repele energias densas e acalma seus receios.

    • Encontro com Seu Guia: Em meditação, peça para se conectar com seu Guia Espiritual protetor. Sinta sua presença amorosa e peça força e serenidade para os trabalhos. Ótima técnica para ser utilizada no momento de bater cabeça (nas casas onde o médium bate cabeça (sozinho) ao entrar no “salão”.

  3. A Força da Preparação Ritualística Consciente:

    • Banhos de Ervas: Não encare o banho de descarrego ou de firmeza como uma mera obrigação. Sinta a energia das ervas, intencione a limpeza e o fortalecimento. Um banho com camomila, erva-doce e alecrim pode ser um excelente calmante.

    • Preces e Mantras: Ore com o coração, não mecanicamente. Escolha preces que te conectem com a fé e a confiança. Repetir um mantra simples como “Eu sou calmo, eu sou seguro, eu confio” pode reprogramar o estado mental.

    • Silêncio e Recolhimento: Evite agitação e conversas dispersivas antes da gira. Busque um estado de introspecção.

  4. O Poder do Conhecimento e do Desenvolvimento Contínuo:

    • Estude sobre a Umbanda: Quanto mais você entender sobre a religião, seus fundamentos e o processo da incorporação na umbanda, menos espaço haverá para medos infundados.

    • Converse com seu Sacerdote/Dirigente: Tire suas dúvidas, exponha seus receios. Um bom orientador é fundamental no desenvolvimento mediúnico.

    • Participe ativamente do desenvolvimento: As giras de desenvolvimento são laboratórios seguros para aprender, errar e crescer, sempre sob supervisão.

Lembre-se, o desenvolvimento mediúnico é uma “educação do corpo” e da mente, como bem aponta Soares (2014) ao discutir a complexidade dos processos que moldam nossa interação com o sagrado. Cada passo, cada técnica aplicada, é um tijolo na construção da sua firmeza. E quem sabe, ao se aprofundar nessas técnicas e no autoconhecimento, você não sinta o chamado para vivências ainda mais transformadoras, como imersões temáticas focadas no fortalecimento mental e espiritual do médium? Fica a semente!

Aliados da Alma: O Toque de Lavanda e a Firmeza da Vela Azul

Além das técnicas mentais, a Mãe Natureza e a sabedoria ancestral da Umbanda nos oferecem elementos simples, porém poderosos, para auxiliar na busca pela serenidade.

  • Lavanda, a Carícia da Calma:
    O óleo essencial de lavanda é um tesouro da aromaterapia, conhecido por suas propriedades relaxantes e ansiolíticas. Seu aroma suave atua diretamente no sistema nervoso, promovendo a calma e aliviando a tensão.

    • Como usar:

      • Pingue 1-2 gotas de óleo essencial de lavanda (de boa procedência, claro!) em um lenço e inspire suavemente antes da gira.

      • Coloque algumas gotas em um difusor pessoal.

      • Adicione algumas gotas a um óleo carreador (como óleo de amêndoas) e massageie suavemente os pulsos e as têmporas.

      • Um pequeno sachê com flores de lavanda secas dentro da bolsa ou próximo ao local de repouso também ajuda a manter um ambiente tranquilo.
        A lavanda não faz milagres sozinha, mas é uma excelente coadjuvante para preparar seu estado mental e emocional para a incorporação na umbanda.

  • Vela Azul, a Chama da Serenidade e Proteção:
    Na cromoterapia e na simbologia umbandista, a cor azul está frequentemente associada à tranquilidade, harmonia, paciência, proteção e à vibração de Orixás como Iemanjá ou aspectos de Ogum ligados à ordem e à lei.

    • Como usar:

      • Antes da gira, em seu momento de prece e concentração em casa, acenda uma vela azul (sempre com segurança e atenção!).

      • Enquanto a vela queima, direcione suas intenções para a calma, a clareza mental e a proteção espiritual. Peça para que a vibração da cor azul te envolva em serenidade.

      • Visualize a chama azul limpando seus medos e fortalecendo sua conexão com seus Guias.
        Uma vela de boa qualidade, acesa com fé e intenção, firma um ponto de luz e tranquilidade no seu campo energético, preparando-o para um transe mais seguro.

A combinação desses elementos – a disciplina das técnicas mentais e o auxílio sutil da lavanda e da vela azul – cria um ambiente interno e externo mais propício para que a incorporação na umbanda ocorra de forma fluida, serena e verdadeiramente conectada.

Construindo a Muralha da Confiança: Da Insegurança à Incorporação Segura

A jornada para superar a ansiedade na incorporação é um processo contínuo de construção de confiança – em si mesmo, nos seus Guias e no terreiro que te acolhe.

  • A Importância de um Terreiro Seguro: Um ambiente acolhedor, com um Sacerdote experiente e paciente, é fundamental. Onde há respeito, orientação clara e ausência de julgamento, o médium se sente mais seguro para se entregar ao processo da incorporação na umbanda.

  • Entendendo os “Tipos de Incorporação na Umbanda”: Existem diferentes formas e intensidades de manifestação mediúnica. Nem toda incorporação é igual. Conhecer essa diversidade ajuda a diminuir a autocrítica e a entender sua própria forma de trabalhar.

  • “Quanto tempo dura uma incorporação na Umbanda?”: Não há regra fixa. Pode variar de minutos a horas, dependendo da entidade, do tipo de trabalho e da energia do médium. Desapegue-se de expectativas de tempo.

  • “Qualquer pessoa pode incorporar na Umbanda?”: Muitos trazem o potencial mediúnico. No entanto, o desenvolvimento, a dedicação e o acordo feito antes da reencarnação (é uma teoria valiosa) são fatores cruciais para que a incorporação na umbanda se manifeste de forma equilibrada e produtiva.

  • Primeira incorporação na Umbanda e incorporação na Umbanda para iniciantes: Essas são fases de grande aprendizado e sensibilidade. A orientação e o amparo do dirigente e dos médiuns mais experientes são essenciais para que os primeiros passos sejam dados com segurança e confiança, transformando o receio em uma experiência positiva.

Cada pequena vitória sobre a ansiedade, cada momento de conexão mais profunda, fortalece sua fé e sua capacidade. O “piripaque” vai dando lugar a uma firmeza serena, fruto do trabalho interno e da entrega confiante.

O Transe Sereno: Um Horizonte Possível na Sua Jornada Mediúnica

Dominar a ansiedade e alcançar um estado de transe sereno e firme na incorporação na umbanda não é um dom reservado a poucos iluminados, mas uma conquista acessível a todos que se dedicam com sinceridade, estudo e prática. As técnicas mentais, aliadas à sabedoria ancestral e aos elementos da natureza, são ferramentas valiosas nessa caminhada.

Lembre-se que cada médium é único, e seu processo de desenvolvimento também o será. Abrace sua jornada com amor, paciência e a certeza de que seus Guias Espirituais estão sempre ao seu lado, amparando e orientando. Que a lavanda perfume seus caminhos com calma, que a vela azul ilumine sua confiança, e que sua incorporação seja sempre um ato de amor, caridade e profunda conexão espiritual. E quem sabe, essa jornada de autodomínio não desperte em você o anseio por mergulhos ainda mais profundos, preparando o terreno para futuras imersões de desenvolvimento mediúnico e fortalecimento mental, onde a comunidade se reúne para crescer junta?

E você, irmão(ã) de fé? Já sentiu aquele “piripaque” antes de incorporar ou tem alguma técnica mental ou ritualística que te ajuda a encontrar a serenidade para os trabalhos? Compartilhe suas experiências e dicas nos comentários abaixo – sua vivência pode ser a luz que outro médium precisa!

Referências Bibliográficas

  • BRUMANA, Fernando Giobellina; MARTÍNEZ, Elda González. Marginália Sagrada. Campinas: Editora da Unicamp, 1991.

  • SOARES, Carmen Lúcia. Educação do Corpo. In: GONZÁLEZ, Fernando Jaime; FENSTERSEIFER, Paulo Evaldo (Org.). Dicionário crítico da educação física. 3. ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2014. p. 219-225.

  • SILVA, Thiago Bispo da. A Educação do Corpo no Terreiro: Cuidados e Aprendizados do Corpo no Ritual Umbandista. In: XXVIII Congresso de Iniciação Científica da Unicamp, 2020, Campinas. Anais… Campinas: Unicamp, 2020. (Inspiracional para o contexto, não necessariamente citado diretamente).

5 Comentários

  • Jandir

    Texto muito leve e elucidativo. Manda mais sobre esse assunto

  • Ladyanne

    Amei o conteúdo!
    Médium saudável, trabalho saudável!

    Sempre uso a respiração e a meditação a meu favor. Dentro e fora dos trabalhos! 😉

  • Ladyanne

    Amei o conteúdo!
    A respiração e a meditação são sempre minhas aliadas, no terreiro e fora dele.

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Pai Ney de Xangô

Pai Ney de Xangô

Sacerdote com mais de 25 anos de vivência e estudo na religião, e trago para este axé uma bagagem multidisciplinar.
Minha formação como Mestre em Educação, Pós-Graduado em Hipnose Clínica e Psicanalista me permite abordar os desafios e as potencialidades da jornada mediúnica sob uma perspectiva integrada. Acredito firmemente que o conhecimento acadêmico e as ferramentas terapêuticas podem ser grandes aliados no desenvolvimento de um médium mais consciente, equilibrado e potente em seu servir. Junte-se a mim nesta jornada de autoconhecimento e fortalecimento, onde buscaremos, juntos, os caminhos para um “médium saudável” em todos os sentidos da palavra.

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