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O Poder das Ervas na Umbanda (Parte 3 – Ervas Quentes):

Chegamos ao ápice de nossa jornada pelo reino vegetal da Umbanda (veja parte 2), ao círculo de fogo onde residem as ervas de maior potência e impacto: as temidas, respeitadas e indispensáveis ervas quentes. Se as ervas frias nos trouxeram o bálsamo da calma e as mornas o despertar equilibrado da vitalidade, as ervas quentes são a vanguarda de choque da farmacopeia espiritual, as guerreiras vegetais que atuam com força máxima na linha de frente do combate energético. Elas são a manifestação da justiça cortante de Xangô, da lei implacável de Ogum e da capacidade de transmutação radical de Exu e Pomba Gira. Para o médium, conhecer e, principalmente, saber manejar com extrema prudência e sabedoria o poder dessas aliadas ígneas é crucial, não apenas para a limpeza profunda de miasmas densos e a quebra de demandas espirituais pesadas, mas também para a criação de um escudo de proteção incisivo. Contudo, essa força exige respeito: o uso indiscriminado ou equivocado pode, em vez de curar, desequilibrar profundamente, tornando o manejo responsável um pilar para a segurança espiritual e a integridade mental do praticante umbandista.

As ervas quentes, também chamadas de ervas agressivas, de ataque ou de limpeza pesada, possuem uma assinatura vibracional intensa, expansiva e, por vezes, “beligerante” no bom sentido – elas não pedem licença para atuar, elas impõem a ordem e a limpeza. Sua energia é como o fogo que consome as impurezas, como a espada que corta os laços negativos, como o raio que desintegra as larvas astrais mais resistentes (Veja aqui outra referência). São elas que, muitas vezes, preparam o terreno para que as ervas mornas e frias possam então atuar na reconstrução e harmonização do campo energético.

A Natureza Ardente das Ervas Quentes: O Fogo Purificador e a Espada Vegetal

A principal característica das ervas quentes é sua capacidade de promover uma ação energética drástica e imediata. Elas são empregadas quando as energias negativas estão profundamente arraigadas ou quando é necessário um “choque” vibracional para romper padrões perniciosos. Suas funções primordiais incluem:

O uso de ervas de emanação forte, como as consideradas quentes, deve ser feito com conhecimento e moderação, pois seu excesso pode ‘queimar’ a aura e desequilibrar o indivíduo, em vez de ajudar. Este alerta é a chave para um uso saudável e eficaz.

Guerreiras da Natureza: Principais Ervas Quentes e Seu Uso Consciente

O arsenal de ervas quentes na Umbanda é poderoso. É fundamental conhecer algumas das principais e, mais importante, como e quando utilizá-las, sempre com o máximo de cautela e respeito.

Arruda

Arruda (Ruta graveolens): A Rainha da Proteção e do Corte

– Propriedades: Talvez a mais emblemática das ervas quentes, a arruda é universalmente conhecida por seu poder de proteção contra inveja, mau-olhado e energias negativas de todos os tipos. Ela “corta” e desintegra larvas astrais e miasmas. É uma erva de Ogum, ligada à defesa e à abertura de caminhos pela força.

– Usos Criteriosos:

  • Banhos (Pescoço para Baixo): Um banho de arruda é um descarrego poderoso. Deve ser usado com moderação (ex: uma vez por semana ou quinzenalmente em casos de necessidade) e, idealmente, seguido por um banho de ervas frias ou mornas para reequilibrar.
  • Defumações: Queimar arruda (muitas vezes com outras ervas quentes como guiné ou casca de alho) é uma das defumações mais eficazes para limpeza pesada de ambientes.
  • Amuletos: Um galhinho de arruda carregado consigo ou colocado em ambientes é um tradicional amuleto de proteção.

– Impacto e Cuidados: Seu cheiro é forte e sua energia é intensa. Pessoas mais sensíveis podem se sentir agitadas ou com dor de cabeça se o uso for excessivo.

Guiné

Guiné (Petiveria alliacea): O Escudo Contra Demandas e Feitiços

– Propriedades: Assim como a arruda, a guiné é uma poderosa erva de proteção e quebra de demandas. É especialmente eficaz contra feitiçarias, trabalhos enviados e para afastar espíritos obsessores. Possui uma energia combativa e assertiva.

– Usos Criteriosos:

  • Banhos (Pescoço para Baixo): Usada em banhos de descarrego fortes, muitas vezes em combinação com arruda e outras ervas quentes. Exige os mesmos cuidados de moderação e reequilíbrio posterior.
  • Defumações: Excelente para defumações de “choque” em ambientes muito carregados ou onde se suspeita de magias negativas.
  • Firmezas: Pode ser usada em firmezas de Exu e Pomba Gira para proteção do terreiro.

– Impacto e Cuidados: Energia muito forte. O contato prolongado com a pele pode causar irritação em algumas pessoas.

Comigo ninguém pode

Comigo-Ninguém-Pode (Dieffenbachia spp.): A Barreira Intransponível (COM ALERTA MÁXIMO)

– Propriedades: Seu nome popular já diz tudo. É uma das plantas mais poderosas para criar barreiras energéticas contra influências negativas e para rebater ataques espirituais.

– Usos Criteriosos e ALERTA DE TOXICIDADE FÍSICA:

USO EXTERNO E AMBIENTAL APENAS. NUNCA INGERIR OU USAR EM BANHOS DE IMERSÃO DIRETA DA PLANTA. Suas folhas e seiva são tóxicas se ingeridas e podem causar irritação severa na pele e mucosas.

  • Defumações (Folhas Secas, com Cuidado): Algumas tradições usam suas folhas secas em defumações, mas com extremo cuidado com a fumaça.
  • Proteção Ambiental: Ter a planta em vasos na entrada de casa ou do terreiro (fora do alcance de crianças e animais) é sua forma de uso mais comum e segura para criar uma barreira energética.

– Impacto e Cuidados: Além da toxicidade física, sua energia é tão densa e “fechada” que seu uso excessivo no ambiente pode torná-lo pesado e isolar demais as energias.

Pinhão Roxo

Pinhão Roxo (Jatropha gossypiifolia): O Purificador do Sangue Astral e Quebrador de Vícios

– Propriedades: O pinhão roxo é conhecido por sua capacidade de limpeza profunda do “sangue astral” (energias deletérias acumuladas no perispírito) e por auxiliar na quebra de vícios (físicos e espirituais) e de padrões obsessivos.

– Usos Criteriosos:

  • Banhos (Pescoço para Baixo, geralmente das folhas): Banhos com as folhas do pinhão roxo são usados para descarrego intenso e para ajudar a romper com energias viciantes.
  • Defumações: Utilizado para limpezas astrais profundas em ambientes.

– Impacto e Cuidados: Energia muito forte. Deve ser usado com parcimônia e conhecimento. Algumas partes da planta também podem ser tóxicas se ingeridas.

Casca de Alho

Casca de Alho (Allium sativum): O Exorcista Popular

– Propriedades: O alho, especialmente sua casca, é um poderoso exorcista de energias negativas, larvas astrais e miasmas. Afasta o “baixo astral” e protege contra vampirismo energético.

– Usos Criteriosos:

  • Defumações: Queimar cascas de alho (sozinhas ou com outras ervas quentes) é uma defumação tradicional e muito eficaz para limpeza pesada de ambientes e para afastar influências espirituais negativas.
  • Amuletos: Dentes de alho ou tranças de alho podem ser usados como amuletos de proteção.

– Impacto e Cuidados: O cheiro da defumação é muito característico e forte, mas seu efeito limpador é notável.

Pimenta

Pimenta (Capsicum spp.): O Fogo que Consome a Negatividade e Energiza (com Moderação)

– Propriedades: As pimentas (diversos tipos) são usadas por sua energia ígnea que “queima” e consome a negatividade, a inveja e o mau-olhado. Também podem ser usadas, com muita cautela, para dar um “choque” de energia e despertar.

– Usos Criteriosos:

  • Defumações (Pequenas Quantidades): Usadas em defumações de limpeza e proteção, mas em pequenas quantidades, pois sua fumaça pode ser irritante.
  • Amuletos/Decoração: Pimenteiras em vasos ou amuletos com pimentas são comuns para proteção.
  • Banhos (RARAMENTE e com EXTREMO CUIDADO): Alguns banhos muito específicos podem levar uma quantidade ínfima de pimenta, mas isso exige conhecimento profundo para não causar queimaduras ou irritações graves na pele. Não recomendado para uso geral.

– Impacto e Cuidados: Altamente irritante para pele e mucosas. Seu uso energético também é muito forte e pode desequilibrar se não for bem direcionado e equilibrado posteriormente.

O Manejo Consciente do Fogo Vegetal: Equilíbrio é a Chave

O uso de ervas quentes na Umbanda é uma faca de dois gumes. Se bem empregadas, são ferramentas de libertação e proteção incomparáveis. Se usadas de forma leviana ou excessiva, podem causar mais desequilíbrio do que cura.

  1. Diagnóstico Preciso: As ervas quentes só devem ser usadas quando há uma real necessidade de limpeza profunda ou quebra de demanda. Não são para “manutenção” diária.

  2. A Regra do Pescoço para Baixo (Banhos): Salvo raríssimas exceções sob orientação sacerdotal direta e muito específica, banhos com ervas quentes NUNCA (nunca é exagero, mas, vale por questões de segurança – nunca será demais) devem ser jogados na cabeça, pois podem desequilibrar violentamente o chakra coronário e o ori.

  3. Frequência Moderada: Banhos e defumações com ervas quentes não devem ser feitos com alta frequência. O excesso “arde” o campo áurico, deixando-o poroso e vulnerável a longo prazo.

  4. O Ritual do Reequilíbrio (INDISPENSÁVEL): Após qualquer banho ou defumação com ervas quentes, é fundamental realizar um banho com ervas frias (como alfazema, camomila) ou mornas (como manjericão, alecrim) para acalmar, reenergizar de forma equilibrada e “selar” o campo áurico. Ignorar este passo é pedir por problemas.

  5. Intenção e Firmeza: A firmeza mental e a intenção clara do médium são ainda mais cruciais ao lidar com ervas quentes, para direcionar sua energia de forma precisa e segura.

  6. Orientação Sacerdotal: Idealmente, o uso mais intenso de ervas quentes deve ser orientado por um dirigente ou sacerdote experiente, que possa avaliar a necessidade e indicar a melhor forma de uso e as combinações adequadas.

Diamantino Fernandes Trindade, em “Umbanda e Sua Ritualística”, enfatiza a necessidade de conhecimento profundo para o manejo dos elementos rituais, incluindo as ervas, para que sua força seja canalizada para o bem e a ordem. As ervas quentes são a personificação dessa necessidade de sabedoria e responsabilidade.

O Guerreiro Interior e a Responsabilidade do Axé Ígneo

As ervas quentes são as armas sagradas que a natureza nos oferece para os combates espirituais mais árduos. Utilizá-las é assumir o papel de um guerreiro consciente, que sabe o poder que tem em mãos e o emprega com justiça, discernimento e, acima de tudo, com um profundo respeito pela integridade energética própria e alheia. Para o médium saudável, as ervas quentes não são instrumentos de agressão, mas ferramentas de libertação, que, quando equilibradas pela suavidade das frias e pela vitalidade das mornas, compõem a trindade vegetal que sustenta um caminho de luz, força e proteção na sagrada Umbanda.

Você já teve alguma experiência marcante (positiva ou de aprendizado) com o uso de ervas quentes como arruda ou guiné? E qual o seu ritual “pós-batalha” preferido para reequilibrar as energias depois de um descarrego mais forte? Compartilhe sua sabedoria (e seus “causos” de axé!) nos comentários!


Referências Bibliográficas:

  • BARBOSA JÚNIOR, Ademir. As Ervas e os Orixás: Uso Litúrgico das Plantas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

  • CAMARGO, Adriano. Rituais com Ervas: Banhos, Defumações e Amacis. São Paulo: Universo dos Livros.

  • TRINDADE, Diamantino Fernandes. Umbanda e Sua Ritualística. São Paulo: Ícone.

  • PANIZZA, Sylvio. Plantas que Curam: Cheiro de Mato. São Paulo: IBRASA. (Referência geral sobre fitoterapia que pode conter informações sobre as plantas mencionadas).


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Pai Ney de Xangô

Pai Ney de Xangô

Sacerdote com mais de 25 anos de vivência e estudo na religião, e trago para este axé uma bagagem multidisciplinar.
Minha formação como Mestre em Educação, Pós-Graduado em Hipnose Clínica e Psicanalista me permite abordar os desafios e as potencialidades da jornada mediúnica sob uma perspectiva integrada. Acredito firmemente que o conhecimento acadêmico e as ferramentas terapêuticas podem ser grandes aliados no desenvolvimento de um médium mais consciente, equilibrado e potente em seu servir. Junte-se a mim nesta jornada de autoconhecimento e fortalecimento, onde buscaremos, juntos, os caminhos para um “médium saudável” em todos os sentidos da palavra.

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