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O Poder das Ervas na Umbanda (Parte 2 – Ervas Mornas): Despertando a Força Equilibrada para a Vitalidade e Proteção Energética do Médium

Se na primeira parte de nossa jornada pelo sagrado reino vegetal da Umbanda exploramos a suavidade acolhedora das ervas frias, que nos trazem calma e equilíbrio, agora é o momento de acender uma chama mais vibrante, porém ainda harmoniosa. Adentramos o universo das ervas mornas, aquelas aliadas poderosas que atuam como um verdadeiro despertar para o nosso campo energético, injetando vitalidade, fortalecendo nossas defesas espirituais e direcionando nossas intenções com uma força assertiva, mas sem a impetuosidade, por vezes avassaladora, das ervas quentes. Para o médium, compreender e utilizar o axé das ervas mornas é como ter à disposição um escudo reluzente e uma lança afiada, mas que são empunhados com sabedoria e equilíbrio, essenciais para a manutenção da saúde mental, da disposição para o trabalho e da firmeza espiritual no cotidiano desafiador do terreiro.

As ervas mornas ocupam um espaço intermediário e crucial na farmacopeia umbandista. Elas não são passivas como algumas frias, nem agressivamente ativas como as quentes. Elas são as grandes mobilizadoras, as ativadoras de processos, as que impulsionam a energia estagnada e abrem caminhos com uma assertividade equilibrada. São fundamentais após uma limpeza profunda realizada por ervas quentes ou mesmo frias (como o boldo), pois ajudam a “reconstruir” e “recalibrar” o campo áurico, preenchendo os espaços vazios com uma energia vital e protetora. Como um sol da manhã após uma noite de chuva, as ervas mornas trazem renovação, clareza de propósito e uma disposição revigorada para enfrentar as demandas da vida e do trabalho espiritual.

Diferentemente das ervas frias, cujo foco principal é acalmar e limpar suavemente, as ervas mornas possuem uma assinatura energética que visa:

Adriano Camargo, em sua obra “Rituais com Ervas: Banhos, Defumações e Amacis”, ressalta que as ervas mornas são aquelas que “agem equilibrando as energias, sem pender para os extremos, sendo úteis para a manutenção e o fortalecimento geral do indivíduo“. É essa capacidade de equilibrar, fortalecer e direcionar que as torna tão indispensáveis na prática umbandista.

Joias Verdes da Vitalidade: Principais Ervas Mornas e Suas Aplicações

O repertório de ervas mornas é vasto e generoso. Vamos conhecer algumas das mais utilizadas e seus benefícios para a saúde mental e energética do médium:

Levante (Mentha viridis): O Despertar da Força Interior

Propriedades: Como o próprio nome sugere, o levante é uma erva poderosa para “levantar” o ânimo, a energia vital e a força de vontade. Combate o cansaço físico e mental, a apatia e a tristeza. É uma erva de Ogum, associada à coragem e à abertura de caminhos.

Usos Comuns:

Banhos: Um banho de levante é ideal para começar o dia com disposição, antes de trabalhos espirituais que exijam firmeza ou quando o médium se sente desanimado e sem energia.

Defumações: Utilizado para limpar o ambiente de energias estagnadas e para atrair força e vitalidade.

Amacis: Pode ser usado em amacis para fortalecer o ori e a capacidade de superação do médium.

Conexão com a Saúde Mental: Combate a prostração, melhora a autoestima e a confiança, estimula a iniciativa e a capacidade de enfrentar desafios.

Manjericão (Ocimum basilicum): A Paz que Fortalece e Atrai o Bem

Propriedades: Embora também possua qualidades calmantes (podendo ser classificado como frio/morno), o manjericão é uma erva morna poderosa para atrair paz, harmonia, prosperidade e proteção contra energias negativas, especialmente a inveja. Ele eleva a vibração do ambiente e do indivíduo. Associado a Oxalá e à harmonia.

Usos Comuns:

Banhos: Banho de manjericão é excelente para equilibrar as energias, acalmar a mente sem causar sonolência, e atrair boas vibrações. Muito usado para crianças e para quem busca paz interior.

Defumações: Purifica o ambiente, afasta energias negativas e atrai a paz e a prosperidade. Seu aroma é naturalmente elevador.

Vasos em Casa/Terreiro: Ter um vaso de manjericão no ambiente ajuda a manter a energia limpa e harmoniosa.

Conexão com a Saúde Mental: Reduz a ansiedade, promove o otimismo, melhora o humor e fortalece a sensação de bem-estar e proteção espiritual.

Samambaia (Polypodium spp. / Nephrolepis spp.): O Escudo Protetor da Mata

Propriedades: A samambaia é uma das ervas mais poderosas para proteção energética. Ela cria um verdadeiro escudo contra energias negativas, inveja, mau-olhado e influências espirituais densas. É uma erva muito ligada aos Caboclos e à força das matas.

Usos Comuns:

Banhos: O banho com folhas de samambaia (geralmente maceradas) é um poderoso protetor, ideal para médiuns que se sentem vulneráveis ou que lidam com energias pesadas.

Defumações: Queimar suas folhas secas afasta espíritos obsessores e limpa o ambiente de cargas negativas.

Amuletos/Arranjos: Colocar galhos de samambaia na entrada de casa ou do terreiro, ou carregar um pequeno pedaço consigo, serve como amuleto de proteção.

Conexão com a Saúde Mental: Aumenta a sensação de segurança e proteção, diminui o medo e a paranóia relacionados a influências espirituais negativas, e fortalece a resiliência psíquica.

Pitangueira (Eugenia uniflora) – Folhas: A Explosão da Vitalidade e da Prosperidade

Propriedades: As folhas da pitangueira são associadas à energia da prosperidade, da abundância, da alegria e da vitalidade. Elas “sacodem” a energia estagnada e abrem espaço para o novo, para o crescimento. Ligada à força de Exu e também à energia vibrante da natureza.

Usos Comuns:

Banhos: Banho com folhas de pitangueira é excelente para atrair prosperidade, movimento, novas oportunidades e para quem se sente “travado” na vida.

Defumações: Utilizada para “destrancar” caminhos e atrair energias de abundância e alegria para o ambiente.

Bater Folhas: Sacudir um galho de pitangueira no ambiente ou sobre uma pessoa é uma forma de limpeza e energização rápida.

Conexão com a Saúde Mental: Estimula o otimismo, a criatividade, a motivação e a capacidade de enxergar novas possibilidades, combatendo o pessimismo e a estagnação.

Louro (Laurus nobilis): A Consagração da Vitória e do Reconhecimento

Propriedades: O louro é a erva da vitória, do sucesso, do reconhecimento e da prosperidade. Ele fortalece a autoconfiança, atrai sucesso em empreendimentos e protege contra a inveja e energias que visam impedir o progresso.

Usos Comuns:

Banhos: Banho de louro é indicado para quem busca sucesso profissional, reconhecimento por seus esforços ou para fortalecer a autoconfiança antes de desafios importantes.

Defumações: Queimar folhas de louro atrai prosperidade, sucesso e purifica o ambiente de energias de fracasso ou estagnação.

Amuletos: Carregar uma folha de louro na carteira é uma simpatia popular para atrair dinheiro e prosperidade.

Conexão com a Saúde Mental: Aumenta a autoconfiança, o sentimento de merecimento, a motivação para alcançar objetivos e combate a autossabotagem.

Integrando as Ervas Mornas na Prática Diária do Médium

O uso das ervas mornas deve ser consciente e intencional, complementando o trabalho com as ervas frias e, quando necessário, preparando o terreno para a ação mais incisiva das ervas quentes. (Clique para ver um vídeo do erveiro da Jurema)

  • Rotina de Banhos: Intercalar banhos de ervas frias (para calma e limpeza suave) com banhos de ervas mornas (para vitalização e proteção) pode ser uma excelente estratégia para manter o equilíbrio energético. Por exemplo, um banho de boldo (frio) para descarrego em um dia, seguido por um banho de levante ou manjericão (morno) no dia seguinte para reenergizar.

  • Defumações Estratégicas: Utilizar defumações com ervas mornas para preparar o ambiente do terreiro antes dos trabalhos, atraindo energias positivas e protetoras. Defumar a própria casa com manjericão ou louro para manter a harmonia e a prosperidade.

  • Atenção à Combinação: As ervas mornas geralmente se combinam bem entre si e também com muitas ervas frias. A escolha da combinação dependerá da intenção específica. Por exemplo, para um banho de prosperidade e abertura de caminhos, pode-se combinar louro, pitanga e levante.

  • O Poder da Intenção: Assim como com as ervas frias, a intenção do médium ao preparar e utilizar as ervas mornas é crucial. É a sua fé e o seu direcionamento mental que ativam plenamente o axé da planta.

Conforme F. Rivas Neto (Pai Rivas) explana em “Umbanda: A Proto-Síntese Cósmica”, o conhecimento e o uso correto das ervas são fundamentais para o sacerdote e para o médium, pois “as ervas são condensadores de energias sutis, verdadeiros acumuladores de força vital que podem ser direcionadas para a cura e o equilíbrioAs ervas mornas são, sem dúvida, protagonistas nesse processo de direcionamento de força vital.

Um Convite à Vitalidade Equilibrada

As ervas mornas são um presente da natureza e da espiritualidade para que o médium de Umbanda possa caminhar em sua jornada com mais vitalidade, proteção e equilíbrio. Elas nos ensinam que é possível ser forte sem ser agressivo, que é possível buscar nossos objetivos com assertividade, mas mantendo a harmonia interna. Ao incorporá-las em sua rotina de autocuidado e em suas práticas rituais, o médium não apenas fortalece seu próprio campo energético e sua saúde mental, mas também se torna um canal mais potente e seguro para o trabalho da espiritualidade.

A jornada pelo reino vegetal da Umbanda continua! Em nossa próxima etapa, desvendaremos o poder intenso e transformador das ervas quentes. Prepare-se!

Qual sua erva morna favorita para aquele “up” na energia ou para se sentir mais protegido no dia a dia? E você já sentiu a diferença que um bom banho de levante ou manjericão pode fazer antes de uma gira? Compartilhe sua experiência e suas dicas de axé nos comentários!

Referências Bibliográficas

  • CAMARGO, Adriano. Rituais com Ervas: Banhos, Defumações e Amacis. São Paulo: Universo dos Livros.

  • BARBOSA JÚNIOR, Ademir. As Ervas e os Orixás: Uso Litúrgico das Plantas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

  • RIVAS NETO, F. (Pai Rivas). Umbanda: A Proto-Síntese Cósmica. São Paulo: Pensamento.

  • VERGER, Pierre Fatumbi. Ewé: O Uso das Plantas na Sociedade Iorubá. São Paulo: Companhia das Letras. (Embora focado na tradição Iorubá, oferece insights valiosos sobre a sacralidade das plantas).

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Pai Ney de Xangô

Pai Ney de Xangô

Sacerdote com mais de 25 anos de vivência e estudo na religião, e trago para este axé uma bagagem multidisciplinar.
Minha formação como Mestre em Educação, Pós-Graduado em Hipnose Clínica e Psicanalista me permite abordar os desafios e as potencialidades da jornada mediúnica sob uma perspectiva integrada. Acredito firmemente que o conhecimento acadêmico e as ferramentas terapêuticas podem ser grandes aliados no desenvolvimento de um médium mais consciente, equilibrado e potente em seu servir. Junte-se a mim nesta jornada de autoconhecimento e fortalecimento, onde buscaremos, juntos, os caminhos para um “médium saudável” em todos os sentidos da palavra.

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